Arthur diz que ‘Dubai é disparate’ e lembra garantia de Guedes à ZFM
Israel Conte
Publicado em: 17/06/2019 às 05:43 | Atualizado em: 17/06/2019 às 06:12
por Israel Conte, da redação
O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) afirmou que é um “disparate” a ideia do governo federal de propor um plano que substitua a Zona Franca de Manaus (ZFM).
“É um disparate. Demoraria muito a ser erigido, custaria muito mais que os incentivos dados ao Polo Industrial de Manaus – US$ 24 bilhões de dólares anuais – em troca da floresta em pé, da diminuição das desigualdades regionais, da proteção e da exploração econômica da nossa biodiversidade, do domínio das águas, da indústria limpa, sem chaminés”, pontuou Arthur.
Arthur comentava o chamado plano Dubai, projeto da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia, e revelado pelo jornal Folha de S. Paulo no dia 10 de junho.
A proposta, segundo o impresso, diz que “num cenário de aperto fiscal, os técnicos da Sepec querem amarrar um plano capaz de atrair empresas para a Zona Franca de Manaus que não sejam exclusivamente de eletrônicos ou motocicletas […] com o intuito de que, futuramente, a União possa pôr fim aos incentivos fiscais da ZFM”.
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Garantia de Guedes
O fim dos incentivos fiscais da ZFM é ideia totalmente contrária ao que o ministro da Economia, Paulo Guedes garantiu ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), ao prefeito Arthur Neto, e aos deputados e senadores da bancada amazonense.
“Nada se retira de lá. Ao contrário, acrescenta-se e se aperfeiçoa”, afirmou Guedes em reunião no dia 25 de março, na sede do Ministério da Economia, em Brasília.
“O ministro Guedes garantiu a mim e para toda a bancada federal do Amazonas que [mesmo com a reforma tributária em curso], as vantagens comparativas da Zona Franca seriam, a qualquer preço, mantidas e respeitadas. Eu não devo desacreditar disso, mas o ministro deve falar sinceramente com a região mais estratégica do país, sob os pontos de vista econômico, ambiental, diplomático e até militar, e nos dizer como vai encaixar a Zona Franca na reforma tributária”, disse o prefeito.
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Foto: Semcom