A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez coro à bancada evangélica e criticou os deputados que votaram a favor da proposta que legaliza cassinos , bingos e jogo do bicho no Brasil, aprovada nesta quinta-feira (24) pela Câmara.
A entidade divulgou em sua página na internet a lista de votação e alertou que este é um ano eleitoral, sugerindo que o eleitor católico avalie se ajudará a reeleger quem votou favoravelmente ao projeto.
“Cumprindo o que assumimos em nossos pronunciamentos oficiais, indicamos o link da Câmara onde se pode verificar como cada parlamentar votou. É importante, principalmente nesse ano eleitoral, avaliar a posição assumida”, disse nesta quinta o presidente da CNBB e arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Para a entidade, a legalização jogos “traz consigo traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares”.
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“A CNBB reitera sua posição contrária a essa iniciativa e continuará acompanhando as próximas etapas dessa tramitação, na firme esperança de que o bom senso e a lucidez consigam reverter essa equivocada decisão”, acrescentou o religioso. O projeto teve sua votação concluída na Câmara , nesta quinta, e será analisado agora pelo Senado.
No último dia 1º, a CNBB defendeu que a votação fosse presencial e não semipresencial, como ocorreu.
“Na prática limita o debate, camufla as posições e facilita as artimanhas regimentais.” Para a entidade, o voto favorável ao jogo é, na prática, “um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais”.
O líder da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (União-RJ), criticou a posição do governo em relação ao assunto.
“Reconheço e agradeço o esforço do presidente Jair Bolsonaro na votação dos jogos de azar. Entretanto ficou provado que o governo está MINADO ideologicamente, quando a liderança do governo LIBERA na orientação de bancada, mostra fragilidade de conceito ideológico! Lamentável!”, escreveu Sóstenes no Twitter.
O deputado se refere à posição do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), de liberar a bancada governista para votar como quisesse.
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