Uma reunião realizada na tarde desta sexta-feira, dia 25, na sede do Governo do Estado entre representantes dos órgãos do sistema estadual de segurança pública e representantes do movimento de caminhoneiros acordaram garantia para serviços essenciais no Amazonas.
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom), o acordo garante abastecimento de serviços essenciais, mesmo que o movimento grevista continue no final de semana.
Transporte público, hospitais e segurança
Segundo o governo, ainda durante a reunião, caminhões com o combustível para abastecer os ônibus do transporte coletivo da capital foram liberados. Também foram assegurados o abastecimento dos veículos que atuam na segurança pública.
Interior
Os representantes dos movimentos afirmaram, durante a reunião, que estão liberando combustíveis, gás e outros produtos para atender os municípios, principalmente cidades com energia elétrica alimentada por térmicas.
“Vamos garantir o abastecimento dos serviços essenciais e também que o movimento continue dentro da ordem, sem desrespeitar o que é necessário para a ordem na cidade. Vamos ter um link direto com a Sead para repassar as demandas do Estado, que serão atendidas. Se a gente não conseguir avançar nos próximos dias, vamos fazer um dia de abastecimento na cidade. Nossa questão principal é com o governo federal”, disse o presidente do Sindiccaceam, Sérgio Alexandre da Silva.
Pontos de paralisação
Até o momento, o movimento de paralisação dos caminhoneiros não teve registro de atos de violência. Sob a condução do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o sistema de segurança trabalha em articulação aos organismos municipais, estaduais e federais para garantir a desobstrução de vias e o direito à locomoção do cidadão.
Ao longo do dia, equipes da Polícia Militar estiveram presentes em quatro pontos de paralisação na capital, para manter a ordem.
Na BR-174, estrada que liga Manaus a Boa Vista, caminhoneiros ficaram estacionados em um lado da via, mas o tráfego não foi interrompido.
Bloqueios foram registrados na Estrada do Marapatá e na rua Rio Quixito, rotas de acesso a refinarias. Nesses dois pontos, foram registrados 245 caminhões de carga, 56 caminhões-pipa e 20 veículos de transporte por aplicativo parados na estrada ou no interior das refinarias.
O secretário de Segurança, coronel PM, Anézio Paiva, destacou que a frota de veículos das Polícias Civil e Militar e dos demais órgãos da segurança do Estado segue funcionando sem interrupções e que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração e Gestão (Sead), já havia montado um plano de contingência emergencial para o abastecimento de viaturas e ambulâncias, caso a paralisação se prolongue.
“O trabalho com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal nas rodovias é no sentido de desobstruir as vias e evitar que ocorram brigas e depredação do patrimônio público e privado”, disse.
Plano emergencial
O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Administração e Gestão (SEAD), preparou um plano emergencial para evitar um possível desabastecimento de combustível da frota de veículos do Estado.
Esse plano conta com uma reserva inicial de 60 mil litros de combustível, que deverá atender, prioritariamente, as frotas da Segurança Pública e Saúde.
Entretanto, a SEAD, que é responsável pela gestão de gastos com combustível no Estado, orientou todos os órgãos a procurarem antecipar o abastecimento de seus veículos com utilizando o sistema normal, com o cartão de pagamento, junto aos postos credenciados, enquanto durar o estoque regular.
O plano também prevê o abastecimento dos geradores de energia dos hospitais e maternidades da rede pública estadual.
Além disso, as ações devem ser ajustadas ao momento da contingência, reduzindo ao mínimo necessário. Apenas em caso de falta de abastecimento nos postos, o plano de contingência será acionado.
“Estamos com nossa equipe de gestão de frotas monitorando um possível desabastecimento. Caso isso ocorra, poderemos liberar o estoque emergencial para suprir a demanda do sistema de segurança e unidades de saúde”, declarou a secretária da SEAD, Angela Bulbol de Lima.
Texto: Secom
FOTO: BRUNO ZANARDO/SECOM