Jato de US$ 9 milhões, usado por Braga, fica com Rico, diz Tiradentes

O senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, já tem uma resposta a dar quando for à Rede Tiradentes exercer direito de resposta imposto por decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). É sobre um avião a jato. No ar, ao vivo, e apelando a providências do Ministério Público, da Receita Federal, da Polícia […]

15/02/2019 11:14

O senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, já tem uma resposta a dar quando for à Rede Tiradentes exercer direito de resposta imposto por decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). É sobre um avião a jato.

No ar, ao vivo, e apelando a providências do Ministério Público, da Receita Federal, da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e outros órgãos de controle e fiscalização, o âncora do “Manhã de Notícias”, jornalista Ronaldo Tiradentes, cobrou explicações do senador sobre o jato Citation PP-MDB.

Comprado ao moinho Dias Branco, de Fortaleza, por US$ 9 milhões, o avião teria sido usado pelo senador Eduardo Braga em campanhas eleitorais e também para viagens de lazer aos Estados Unidos e praias do Caribe.

Segundo Tiradentes, o dinheiro da compra do avião teria saído da empresa Etam, do empresário Eládio Cameli, participante do consórcio que construiu a ponte sobre o rio Negro nos governos de Eduardo Braga (2003-2010) no Amazonas.

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De novo a Rico

A aeronave hoje estaria estacionada em hangar da empresa Rico Linhas Aéreas, em Manaus. É a mesma investigada na operação Lava Jato, no STF, por ter emitido duas notas fiscais que, somadas, passam de R$ 6 milhões, por serviços supostamente prestados a Eduardo Braga.

Tiradentes pediu que a Polícia Federal abra inquérito para apurar a origem do dinheiro e quem pagou pela aeronave de US$ 9 milhões. Ele pede quebra de sigilo fiscal e bancário da Rico porque por muitos anos esse avião teria sido alugado ao governo Braga.

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Currículo espalhado no país

Afirmando que até o início da manhã desta sexta ainda não tinha sido notificado desse direito de resposta, Tiradentes afirmou que o espaço ao senador sempre esteve franqueado para que se manifestasse sobre as denúncias de crimes que lhe são imputadas no âmbito da Lava Jato e outras.

Informou também o jornalista que vai ter audiências com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e com a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) para amplificar para todo o país a censura que o senador Eduardo Braga vem impondo à imprensa. Mas, só a do Amazonas.

Ao mesmo tempo, Tiradentes anunciou e pediu atenção dos órgãos de fiscalização e controle para o que vai apresentar na próxima segunda-feira, sobre a Parintins Participações.