STJ volta a tirar de pauta julgamento de denĂºncia contra Wilson Lima

AĂ§Ă£o penal sobre governador do Amazonas estava prevista para ser apreciada neste dia 30

AntĂ´nio Paulo, do BNC Amazonas em BrasĂ­lia

Publicado em: 28/06/2021 Ă s 20:28 | Atualizado em: 29/06/2021 Ă s 19:58

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retirou novamente da pauta de julgamento a aĂ§Ă£o penal 993, do MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF), que traz denĂºncia contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

No inĂ­cio de junho (2), o julgamento do processo tambĂ©m foi suspenso. O tribunal alega segredo de Justiça para nĂ£o dizer o motivo.

Naquela data, a PolĂ­cia Federal realizou diversas prisões no Amazonas de empresĂ¡rios e agentes pĂºblicos, na quarta fase da operaĂ§Ă£o Sangria, que apura irregularidades no enfrentamento da pandemia de covid (coronavĂ­rus) no estado.

O pleno do STJ analisarĂ¡ denĂºncia apresentada pela sub-procuradora-geral da RepĂºblica (PGR), LindĂ´ra AraĂºjo, contra Lima, e seu vice, Carlos Almeida Filho (PSDB).

Eles sĂ£o acusados de cometer crimes na compra de respiradores para pacientes da covid.

Se a corte especial do STJ receber a denĂºncia, vai julgar o pedido de afastamento dos cargos de Lima e Carlos Almeida.

Leia mais

STJ marca data para julgar denĂºncia contra governador do AM

Manobra do Planalto

A aĂ§Ă£o contra o governador do Amazonas no STJ Ă© uma das formas de o governo federal jogar no colo dos governadores a conta da tragĂ©dia da pandemia.

Dessa forma, Ă© o segundo caso de governador acusado de irregularidades na gestĂ£o de recursos na pandemia levado a julgamento no STJ.

Wilson Witzel (PSC) foi afastado do Governo do Rio de Janeiro pelo tribunal e depois perdeu o cargo por impeachment.

A fritura de mais um chefe de Executivo estadual Ă© tudo que Bolsonaro sonha: reforça o discurso de que a inoperĂ¢ncia de governadores acabou resultando no desastre das mais de 500 mil mortes.

A ideia Ă© ampliar o alvo da CPI para os estados e tentar atenuar o depoimento bombĂ¡stico dos irmĂ£os Miranda.

Com informações do Correio Braziliense.

Foto: DivulgaĂ§Ă£o/STJ