Clima de “terceiro turno” da eleição é criado por aliados de Amazonino
Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 08/11/2018 às 12:33 | Atualizado em: 08/11/2018 às 12:42
Aliados do governador Amazonino Mendes (PDT) passaram a considerar abertamente o que antes faziam pedindo boca pequena: a possibilidade de cassação do mandato do governador eleito Wilson Lima (PSC) em um processo popularmente chamado no meio político como “terceiro turno” da eleição.
Eles afirmam que o roteiro que terminou com a cassação em 2017 do mandato do ex-governador José Melo (Pros), eleito em 2014, já está em curso.
Isso porque existem pelo menos quatro ações de investigação eleitoral contra a campanha de Wilson no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). Acreditam que elas poderão levar o Ministério Público Eleitoral a pedir a cassação do registro do eleito, por compra votos.
Outra comparação feita com o caso Melo são os personagens. Os advogados que atuam contra Wilson, Marco Aurélio Choy e Daniel Nogueira, são os mesmos que atuaram na denúncia que levou à cassação do ex-governador.
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Parlamento de olho no caso
O clima de um “terceiro turno” para as eleições ao Governo do Amazonas também já chega à Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM).
Parlamentares ligados a Amazonino se movimentam pela eleição do próximo presidente da casa, em fevereiro, levando em conta a possibilidade de Wilson ser cassado e outra vez o presidente do poder assumir o governo, assim como aconteceu com David Almeida (PSB),
Entre a queda de Melo, em maio de 2017, e a realização de um pleito suplementar, que Amazonino conclui agora no fim do ano, David foi governador interino por cinco meses.
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