Manaus saiu do sufoco da falta de ar para pacientes em hospitais públicos e privados, vítimas do coronavírus (covid-19).
Dessa forma, a capital amazonense passa a socorrer estados que chegam à mesma situação do Amazonas no auge da crise do oxigênio.
No plano nacional o estado com o maior estoque é o Amazonas: 1,17 milhão de metros cúbicos (m3).
O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (23), o Plano Oxigênio Brasil. O objetivo é auxiliar estados e municípios no abastecimento deste insumo.
Embora tenha oxigênio em abundância, agora, o Amazonas segue com variação estável nos números de novos casos e mortes causadas pela doença.
Ao anunciar o plano nacional de oxigênio, o Ministério da Saúde informou que os estados com mais dificuldade são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.
De acordo com a pasta, já começaram a ser transportados cilindros e estruturas relacionadas à oferta de oxigênio de Manaus para outras localidades.
Serão deslocados 120 concentradores para o Rio Grande do Norte e 200 para o Paraná.
Também serão enviadas duas usinas de oxigênio para Santa Catarina, uma para o Acre e outra para Rondônia.
Ainda conforme o Ministério da Saúde, foi feita requisição de envio a partir de São Paulo de 400 cilindros para Rondônia, 240 para o Acre, 160 para o Rio Grande do Norte, 100 para o Ceará e 100 para a Região Sul.
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Controle da Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibilizou na internet informações sobre os níveis de produção, abastecimento e distribuição de oxigênio no Brasil.
Os dados podem ser acessados em um painel específico .
De acordo com a agência, ainda faltam informações de empresas, o que inclusive dificulta visualizar uma totalização nacional.
Os primeiros dados, relativos ao período de 13 a 17 de março, trazem um universo de 100 empresas atuando na produção de oxigênio.
Do total fornecido, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras.
Produção
São Paulo é o estado com o maior volume de fabricação de oxigênio no período analisado, com 7,3 milhões de metros cúbicos (m3), seguido por Minas Gerais (2,5 milhões de m3) e Rio de Janeiro (2 milhões de m3).
Os estoques de produção mostrados no painel são pequenos. No entanto, o estado com o maior estoque é o Amazonas, que tem 1,17 milhão de m3.
Quando considerado o envase do oxigênio em cilindros, São Paulo novamente é o primeiro do ranking, com 1,18 milhão de m3.
Em seguida vêm Ceará (1 milhão de m3) e Minas Gerais (875 mil de m3).
Em comunicado oficial, a Anvisa explica que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada estado.
Com informações da Agência Brasil .
Fotos: SES-AM/Secom/divulgação