Continuam indefinidos votos dos deputados do AM na previdência

Voto Previdência

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 25/03/2019 às 09:53 | Atualizado em: 25/03/2019 às 09:53

Pelo “Termômetro da Previdência” do jornal Valor Econômico, que monitora diariamente a tendência de voto dos deputados federais, dos oito representantes do Amazonas, seis manifestaram indefinição quanto à proposta de emenda constitucional (PEC) do governo federal para a reforma previdenciária.

O levantamento repete o cenário dos parlamentares do Amazonas do dia 17, conforme publicou o BNC.

Quem já sabe para onde vai são os deputados Pablo Oliva (PSL), a favor, e José Ricardo (PT), contra, conforme monitoramento feito até ontem, dia 24, pela empresa Atlas Político, contratada do Valor para o serviço.

Os demais, Átila Lins (PP), Alberto Neto (PRB), Bosco Saraiva (SD), Marcelo Ramos (PR), Sidney Leite (PSD) e Silas Câmara (PRB), seriam os indefinidos.

São necessários 308 dos 513 votos dos parlamentares da Câmara dos Deputados para a projeto do governo de Jair Bolsonaro (PSL) passar. Até agora são 92 declarados a favor, 71 com apoio parcial e 208 indefinidos. Os votos contrários seriam 142.

 

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A metodologia do termômetro

Segundo o Valor, todos foram contatados para elaboração do termômetro. “Os que não responderam foram classificados como indefinidos, exceto nas seguintes hipóteses:

Deputados de bancadas partidárias com posicionamentos públicos unânimes foram classificados de acordo com o consenso do partido até este momento;

Deputados que se manifestaram publicamente em relação à reforma no noticiário ou nas redes sociais foram classificados de acordo com esse posicionamento.

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Principais alvos de críticas

A PEC da reforma da previdência tem pontos contestados até por quem é da base do governo. É o caso do BPC (benefício de prestação continuada), que hoje alcança 4,6 milhões de idosos, deficientes e portugueses com comprovação de residência fixa no Brasil.

Basta comprovar renda per capita familiar inferior a um quarto do salário mínimo, hoje em torno de R$ 250 por membro.

A ideia do governo é que a idade do idoso caia cinco anos para que ele já faça jus ao benefício, mas desvinculado do salário mínimo, como quer o Ministério da Economia.

Ficaria taxado em R$ 400 mensais até a idade de 70 anos. A partir dessa idade, o idoso receberia um salário mínimo integral.

Os governadores do Nordeste, unidos, são contra a proposta porque entendem que penaliza a população mais pobre.

Também criticam em carta o sistema de capitalização proposto para substituir o atual regime de aposentadorias.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse que “quando bota o BPC, parece que é uma sinalização de que vai atingir os mais simples, o que não é verdade, até porque os mais simples já estão atingidos pela previdência atual. Eles só se aposentam quando atingem 65 anos”, afirmou.

 

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