Manobras no Congresso tentam salvar coro de Flordelis e Chico Rodrigues
Articulações na Câmara e no Senado buscam adiar a retomada dos trabalhos nos respectivos Conselhos de Ética que analisarão pedidos de cassação dos mandatos da deputada Flordelis e do senador Chico Rodrigues
Mariane Veiga
Publicado em: 30/10/2020 às 09:10 | Atualizado em: 30/10/2020 às 09:18
Uma série de manobras no Congresso visa a possibilidade de abertura de processos de cassação dos mandatos da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de homicídio, e do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca.
De acordo com reportagem do Correio Braziliense, tanto na Câmara quanto no Senado, parlamentares articulam para adiar a reabertura dos respectivos Conselhos de Ética, em que os processos devem tramitar.
Esses colegiados estão com as atividades suspensas por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta, mais uma vez, votar em plenário, na próxima semana, o Projeto de Resolução (PRC) da Mesa Diretora, que autoriza a retomada das reuniões do Conselho de Ética por videoconferência.
Dessa forma, a proposta também prevê a reabertura de três comissões: a de Constituição e Justiça, a de Finanças e Tributação e a de Fiscalização Financeira e Controle.
No entanto, por falta de acordo, a votação que estava marcada para o último dia 9 foi suspensa.
Portanto, a discussão sobre a reabertura do Conselho de Ética, tanto na Câmara quanto no Senado, desagrada boa parte dos parlamentares, sobretudo os acusados de quebra de decoro e seus aliados.
Na última quarta-feira(28), a Mesa Diretora decidiu, por unanimidade, encaminhar ao Conselho de Ética a representação contra Flordelis, entretanto o caso só terá prosseguimento com a retomada dos trabalhos.
Já no Senado, ainda não há definição sobre quando o Conselho de Ética examinará o caso do senador Chico Rodrigues, suspeito de liderar um esquema de corrupção.
Ele está em licença do cargo, por 121 dias. Da mesma forma que Flordelis, ele segue em liberdade, assegurada pela imunidade parlamentar.
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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados