Magistrados da Bahia são afastados por venda de sentenças

Mariane Veiga
Publicado em: 19/11/2019 às 11:27 | Atualizado em: 19/11/2019 às 11:27
O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Britto, e outros cinco magistrados foram afastados dos cargos por 90 dias na manhã desta terça-feira, dia 19, em Salvador, acusados de um suposto esquema de venda de decisões judiciais. As informações são do Portal G1.
A determinação é resultado de uma operação da Polícia Federal (PF).
Os juízes também são acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência.
Segundo o G1, conforme o Ministério Público Federal (MPF), investigações apontam que, além dos desembargadores e juízes, advogados e produtores rurais que, juntos, atuavam na venda de decisões para legitimar terras no oeste baiano, integram a organização criminosa.
O esquema envolve ainda o uso de laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.
A suspeita é de que a legalização de terras, objeto de grilagem, supere 360 mil hectares e que o grupo envolvido na dinâmica movimentou quantias bilionárias.
Na ação, que resultou na prisão de outras quatro pessoas, também foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão em quatro cidades baianas e em Brasília.
As prisões são temporárias e terão duração de cinco dias. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e houve bloqueio de bens de alguns dos envolvidos no total de R$ 581 milhões.
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Foto: TJ/Ceará