O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (11) que alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) são “o grande problema” para alterar a legislação federal.
Ele citou o julgamento da chamada pauta ambiental no tribunal. Indicado por Bolsonaro, o ministro André Mendonça travou duas destas ações na semana passada que questionavam omissões do governo federal no combate ao desmatamento da Amazônia.
“Queriam amarrar o governo federal, nos proibir completamente de investir e buscar melhorias para a região [da Amazônia]”, disse o presidente em entrevista ao Grupo Liberal, do Pará.
O presidente também defendeu a aprovação de um projeto de lei que muda regras sobre a regularização fundiária, chamado por ambientalistas de PL da grilagem.
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Dessa forma, ele voltou a afirmar que há exagero nos números sobre queimadas e desmatamento da Amazônia e disse o texto iria desidratar estes alertas.
“Até mesmo fogueira de São João pode ser foco de calor”, declarou. “Vamos botar ponto final nesse número exagerado de focos de incêndio que existe na Amazônia”, afirmou ainda o presidente.
Ataque
Na mesma entrevista, Bolsonaro fez novas críticas aos ministros de tribunais superiores. Sem citar nomes, ele disse que três membros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) têm “interesse direto” na aprovação do PL das Fake News.
“Querem, sim, censurar as mídias sociais”, afirmou o presidente. A Câmara rejeitou no último dia 6 um pedido de urgência que poderia acelerar a votação do texto que regulamenta a atuação de big techs no Brasil.
Bolsonaro também cobrou uma reação do ministro Alexandre de Moraes às falas em que o ex-presidente Lula da Silva (PT) estimulou a militância sindical a procurar deputados e seus familiares na casa deles para pressionar a favor de propostas que interessam ao setor.
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Foto: Clauber Cleber Caetano/PR