Sem prisão em segunda instância, deputados aprovam pacote de Moro

Moro

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 04/12/2019 às 21:53 | Atualizado em: 04/12/2019 às 21:53

O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira, dia 4, o texto-base do projeto de lei do pacote anticrime (10.372/2018) do ministro da Justiça e Cidadania, Sérgio Moro.

O placar foi 408 votos a favor, 9 contra e 2 abstenções. Depois, os deputados foram analisar o destaque ao texto apresentado pelo partido Novo.

Entre os pontos que constam no projeto aprovado estão o aumento de 30 para 40 anos no tempo máximo de cumprimento da pena de prisão no país e da pena de homicídio simples se envolver arma de fogo de uso restrito ou proibido, que passará de 6 a 20 anos para 12 a 30 anos de reclusão.

Mais cedo, os deputados aprovaram um pedido de tramitação em regime de urgência do pacote de PL, que foi aprovado por 359 votos a 9.

Os parlamentares aprovaram o substitutivo do deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), seguindo o texto do relator do grupo de trabalho, deputado Capitão Augusto (PL-SP).

 

Leia mais

 

Pacote anticrime vai ajudar a eliminar facções, diz Alberto Neto

 

https://adm.bncamazonas.com.br/rapidinhas/outdoor-manacapuru-moro-bolsonaro/

 

 

Excludente de ilicitude e segunda instância

O grupo de trabalho analisou dois textos sobre o assunto encaminhados ao Legislativo.

Uma das propostas originais foi elaborada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a outra pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Para chegar ao texto final, o grupo de trabalho retirou temas polêmicos, como a definição de que não há crime se a lesão ou morte é causada por forte medo (o chamado excludente de ilicitude) e a previsão de prisão após condenação em segunda instância.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil